Poema para Mar
Também joguei a pérola de minha
alma em Mar de mistérios.
Se vejo Mar, bela e sozinha
penso em lançar-me também
para que suas águas me levem.
Dei-lhe um presente azul,
onde versos escrevi em mesma cor:
sentimentos comuns em palavras
decantadas e sinceras de amor.
Era março, restavam mágoas.
Esperava então, que as águas
do fim do mês as levassem
além, para sempre – e amém.
Eu estava longe de Mar...
Eu estava perto do mar.
Gosto de ver Mar ao vento,
e se a brisa me traz seu perfume
como de costume, me lamento
por não tê-la e a dor me consome.
E somem mundo, razão e palavra.
Agora as últimas me voltam...
Rapidamente as transcrevo de minh’alma
em versos repletos de lamento e paixão.
Vou lançar-me, e perder-me em suas ondas.
Me deixarei levar à distante ilha
no meio de Mar.
Estou inerme.
Viveria feliz no mar,
com Mar, perdido em sua ilha.
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