Ode ao meu Reino
com meu corpo informe
que não sente calor ou frio
eu construí a minha torre
altiva, etérea e indelével
no mundo vasto da poesia.
E com o perfume agridoce
de mulheres puras ou vadias
preenchi cada parte que outrora
estivera vazia.
E com os espinhos e
pétalas das flores que amei
espetei-me o dedo
para com meu sangue
sobrescrever em seu pórtico...
Que sou um poeta
que anseia e deseja
apenas se aconchegar
no escuro seio negro da Noite.
Comentários
Postar um comentário